Este é meu primeiro bebê e por isso não sou exatamente doutora no assunto. Mas nestes meses já deu para perceber que algumas coisas são bem diferentes por aqui. Vamos a alguns exemplos:
Ah, para quem não tem e nem planeja ter filhos, pode pular este post :-)
- Aqui não usam colônia em bebês. Vejo óleos, cremes, sabonetes variados, mas nada de um perfuminho. Então aquele Mamãe&Bebê Natura ou colônia Granado, só vindo do Brasil mesmo. Também acho as bolas de algodão aqui meio estranhas, parecem sintéticas, e essas também pedi de lá. Mas reconheço que isso talvez seja mais frescura minha.
- Umbigo: o que ensinam aqui é limpar o coto só com água, nada de álcool, sem faixa, sem gaze. O interessante é que as fraldinhas para recém-nascidos já vêm com uma
abertura para proteger o umbigo.
- Não costumam dar banho no bebê antes dos dez primeiros dias ou duas semanas. Aliás, até lá os banhos são de esponja e só.
- A maioria das mães prefere não saber o sexo do bebê durante a gestação. E sim, é possível criar um enxoval totalmente neutro, opções não faltam. Mas eu, no alto da minha imensa curiosidade e ansiedade, quis saber o mais cedo possível! Obviamente, ninguém aqui nunca ouviu falar em exame de
sexagem fetal.
- Parto normal aqui é padrão e cesárea é emergência. Durante o curso pré-natal a instrutora até citou os números alarmantes de cesárea no Brasil como exemplo, e a turma soltou um "ohhhh" de susto. As mulheres têm muito medo de precisar passar por uma cesárea.
- Parto humanizado também é acessível para qualquer mulher. É possível ter o bebê nas casas de parto, com a assistência de uma doula (midwife ou sage-femme) e mesmo no hospital, com o
plano de parto, a mulher escolhe as intervenções que quer e a posição que deseja parir. Só para constar,
episiotomia aqui também é exceção.
- Você vai ter o mesmo obstetra te acompanhando durante todo o pré-natal, mas na hora do parto, quem vai estar lá vai ser o médico que estiver de plantão. Ele vai estar consciente do seu histórico e provavelmente será da mesma equipe do seu médico, mas não será necessariamente o seu. Perceberam porque parto normal é regra?
- O
Calendário de vacinação também é diferente e a primeira vacina é dada somente aos dois meses, pelo pediatra ou em um
CLSC. Algumas vacinas são dadas somente na rede particular, como a do Rotavírus, por exemplo. Para comparar, o calendário brasileiro está
aqui.
- No geral o atendimento pré-natal é impecável, mas para encontrar um pediatra os pais podem ter trabalho por conta da crise no sistema de saúde. Então tem que começar a pesquisar cedo.
- Aqui não tem nada de ecografias 3D, 4D ou sei lá mais o que (só pagando), a não ser que alguma condição médica do feto justifique o pedido. Aliás, em uma gestação normal, ecografias só umas duas no máximo.
- Muitas mães são adeptas das fraldas de pano. Não só pela questão ambiental, mas pelo custo mesmo. As da
BumGenius fazem muito sucesso por aqui.
- Os artigos para bebês são infinitamente mais baratos que no Brasil e as opções são bastante variadas. Mas vejo muita buginganga então tem que separar o que é exagero. É preciso tomar cuidado para não sair comprando coisa demais e transformar a casa num eterno parque de diversões.
- Quando a família está toda junta, geralmente é o pai e não a mãe que carrega o bebê nos passeios. Lembro de ter observado o mesmo em alguns países na Europa e concordo totalmente!
Vejam, na maioria dos exemplos não estou dizendo que as coisas sejam melhores ou piores, são apenas diferenças culturais e no fim o resultado acaba sendo bem parecido: bebês fofos, saudáveis e felizes. À medida que for me lembrando de mais exemplos faço um update por aqui!
[imagem daqui]
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