Da saga do nome - parte I

>> 29 de maio de 2011

Meu nome é Patricia Fulana de Tal. Já o marido é Flávio Beltrano Sicrano. Seguindo as convenções brasileiras, quando me casei meu nome passou a ser Patricia Fulana de Tal Sicrana. Eu sei, um nome enorme, mas é o que acontece por lá. Pois bem, processo de imigração rolando, mudança, hora de solicitar aquela leva enorme de documentos que os recém-chegados conhecem bem. O problema é que aqui as pessoas tem UM sobrenome ou no máximo DOIS. E cada orgão do governo (federal e provincial) lidou com meu freak name de um jeito diferente. É lindo de ver, porque em cada cartão sou uma pessoa diferente, já que o nome completo é longo demais para caber em qualquer opção de espaço padrão. Claro que isso vai dar algum problema alguma hora e eu vou ter que reunir muita paciência para escolher um nome e padronizar tudo, mas, qual? Para Québec o que vale é o nome de solteira da minha mãe. Para o lado federal tanto faz. Mas para nenhum dos dois o sobrenome do marido conta muito, pois para eles vale mais o nome de registro no nascimento. Aliás, aqui no Québec não é mais possível mudar o sobrenome por causa do casamento.

Quando fizemos o imposto de renda daqui a contadora nos disse que o ideal seria escolher um dos sobrenomes, ir até um Service Canada, justificar e solicitar a mudança. Depois, para a parte de Québec, abrir um processo e fazer o mesmo. Não estarei mudando meu registro, passaporte, nem nada assim, mas será um jeito de garantir que em todos os documentos meu nome tenha uma versão curta que seja sempre idêntica. Então, para quem vem, fique atento. Existe uma janela mágica de oportunidade para evitar esse drama: quando vamos fazer todos os registros podemos pedir para perguntar como vai ficar o nosso nome. Sugestão? Mantenham o nome de solteira da mãe e esqueçam o de casada (sugestão válida principalmente para quem mora em Québec). Vai simplificar muito a vida, vai por mim!

3 comentários:

Daniel (MeuDinheiroMinhasRegras.com.br) 29 de maio de 2011 às 11:22  

Agora, uma dúvida: então, quando você vai tirar seus documentos quebequences você pode escolher como vai ficar seu nome, pra não ficar cada um diferente do outro? E eles não podem abreviar um dos sobrenomes, como fazemos aqui no Brasil?

Pati 31 de maio de 2011 às 22:45  

Dan, vou responder por aqui porque pode ajudar outras pessoas também... No nosso caso foi assim: ou nos perguntavam como era afinal o nosso nome, ou como queríamos que ficasse ou nos diziam como poderiam escrever (Québec é menos flexível que o lado federal). O jogo é tentar deixar sempre escrito da mesma forma, como no pr card, como no NAS, enfim, escolha um e atenha-se a ele... Ah, e é preciso tomar muito cuidado quando chega o formulário do pr card no final do processo para ver se o nome aparece completo e se o sobrenome está todo lá e não junto do nome.

Boa sorte!

Lupatinadora 5 de junho de 2011 às 15:07  

O meu também é o próprio samba do crioulo doido. Deveria ter padronizado quando cheguei (1o nome, middle name, sobrenome de casada) e pronto. Esse, digamos, é o meu nome mais comum, mas tenho várias versões. No Brasil mantive 1 sobrenome de solteira (e foi todo um drama, pois eu tinha 3 e cortei 2). Agora tirei minha cidadania portuguesa, não deixaram eu tirar nenhum dos de solteira e ainda tive que incluir o do marido no final desse testamento.

Aff!

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